Rum, rumpi e lé são os nomes que designam três atabaques, elementos simbólicos de afirmação étnica, produtores do “chamado” que conecta afro-brasileiros às origens africanas. Suas peles reverberam uma memória ancestral nas peles das gentes daqui.
Os tambores bem-preparados são quase um ser vivo. São entidades com voz e responsáveis pelos variados toques que convocam as comunidades à dança, ao canto, à festa. A música que produzem jamais será executada para a guerra.
A visualidade do conjunto de imagens deste eixo faz referência ao campo conceitual criado em torno desses e de outros instrumentos que compõem a orquestra ritual. Ele traz alabês (os instrumentistas) em seus ritmos extremamente complexos; pés que se movem; saias que rodopiam, freneticamente; corpos que transpiram no transe que o som promove.